quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Desabafo: Ressaca moral após Carnaval

Acabou o carnaval, acabou a folia, acabou a graça... O ano começou, todos já podem tirar as suas máscaras!

Em clima de crise financeira mundial, pessoas morrendo de fome, soterradas, alagadas. E nós? Nós colocamos nossas máscaras e fingimos ser felizes por quatro dias, que pra muitos ainda se estendem num feriado prolongado, contando com final de semana, neste ano de 2009!

Não é uma questão de hipocrisia, mais sim de plena reflexão. Não para nós, afetados diretamente pela crise, que precisamos economizar a cada centavo, conquistado com muito suor e esforço. Nós sim, temos o direito de viver intensamente a cada oportunidade. Já os responsáveis gerais, os nossos representantes, superiores, donos da lei, esses devem refletir sobre o ato desumano, desprezível, cometido em tamanha ambição e corrupção. Que destinam grandes verbas para seus bolsos e outras migalhas milionárias, para a realização de um riquíssimo show totalmente nacional.

Enquanto isso, nós sofremos, lamentamos, devido a lástima consequência revoltante da mãe natureza, que com sua força, infelizmente atinge os que mais necessitam. Alguns de nós, vivem alienados, ao presenciar tanta luxuosidade. Acabam iludidos, entres grandes carros, plumas, brilho, muito brilho e a variedade irradiante de cores. Obsecados pela euforia instantânea, deixam de lutar pelos direitos, devido a quatro dias de folia.

A grande festa de um país deve ser comemorada 365 dias, não quatro dias de um ano. Deve ser festejada quando todos nós presenciarmos a fartura na mesa dos que pouco comem, deve ser alegrada quando nós tivermos a certeza de que toda a nação está dormindo ao mesmo tempo, diferente, de quando os políticos que nós "enganados" elegemos, dormem em camas aquecidas e luxuosas, enquanto muitos de nós, em noites alagadas, desesperados, tentam recuperar o pouco que conquistaram, neste ato desesperador e desgastante de sobreviver. Quando se perde a esperança, digamos que se perde tudo.

Thalles Azevedo

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Afinal, e o que dizer sobre um anjo em especial?

As vezes me pego definindo, noite e dia, sentimentos, por uma pessoa especial.

Sem notar, se passa despercebido, durante o dia, por algum motivo, um sentimento desprevinido.

Sua mente é o paraíso, e a inteligência o meu caminho.

De tão clara, se pronuncia pura. De tanto amor, se resume divina.

Delicada como flor, serena como brisa, leve como pena. De tão simples não se faz pequena.

Costuma ser a primeira pessoa que noto, logo que acordo, por quem eu rógo.

São sorrisos em laços, misturados com abraços, decifro seus traços. Angelical. Não pode ser normal, o tamanho e motivo de tanto astral.

Faça chuva, faça sol... Aconteça o que acontecer, sempre presente, ainda que perto de muita gente, tanta luz transparecer.

Será um anjo, ou Arcanjo? É muita luz que na minha vida reluz. É das Santas, Marianas? E eu? Judeu ou Farizeu?

Humildade te define, mesmo que em mim, tudo reprime. És bela pelo que és, linda da cabeça aos pés. Sua aurea é lilaz, brilha tanto, que de mim pouco faz. Perto de voce sou falho, como todos os mortais.

A filha, que por Deus escolhida, adora a vida. É simples te entender. Me admiras quando lembras de quem jamais posso esquecer.

Minha vida para, enquanto a sua anda. Eu te amo muito. Amiga. Mais do que querida. Linda. Seu nome é Fernanda...

Dedico a uma pura flor do meu jardim de amizades, que em abundância é regada diariamente por Deus.

"Ela acreditava em anjo e, porque acreditava, eles existiam." Clarice Lispector.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

A estrada da minha vida

Sou ideologia preferindo ser a metarmofose ambulante, olhando o mar, querendo amar. Sou polêmica em pessoa, hoje em dia tudo a esclarecer, jamais ninguém pode se esquecer, do que aqui eu pude ser.

Entre as frases cito as fases. Não sou obseno, acho que sou ingênuo, porém não sou santo! Acho que sou o que ninguém vê, aceito tudo, menos ser normal. Me faço de bobo, mais não sou louco, de em certo ponto, me render.

Prefiro ser diferente, perto de muita gente, jamais vou me esconder. As vezes penso que estou de passagem, as vezes acho que não!

Me culpam por coisas que não fiz, mais me julgam por coisas que fiz também.

Gosto de rir até perder o ar, ou doer meu maxilar. Gosto de fazer amigos, ou algum atrativo, que cause combustão.

Sou muita vida, mais sei ser morte. Gosto de rir, brincar, as vezes de me arriscar, até que entro em confusão. Sou sincero com os sentimentos, demoro certo tempo, mais não minto não!

Posso ser a gota do oceano, mais sou aquela exclusiva que quando o sol bate, causa certa reação.

Sou mesmo intenso, ja entreguei os pontos, mais "acho" que hoje não. Não que eu goste de ser paparicado, é questão de ser reparado, o tamanho do coração.

Gosto de acordar quando todo mundo vai dormir, dormir quando o mundo teria que acordar. Gosto muito de me sentir a vontade, com roupas velhas e os pés no chão.

Tocando ou não meu violão, sou sempre atração. Nem preciso falar, para mim, todo mundo olhar. Sou o sucesso no anonimato, como um gato caçando rato, mas não sou de brinquedo não!

Não escrevo o que sou, escrevo como estou, mais se estou sempre assim... Pobre de mim.

Thalles Azevedo.